Score

"Estou quase a chegar ao infinito...!"

(Dingane)

Histórias contadas

Um artigo de Jacques Depelchin no primeiro número do Pambazuka em português: Porque falar do Aquino de Bragança? Um artigo que (ainda) aguarda pacientemente publicação no jornal domingo. Coisas de prioridades e oportunidades editoriais que bem conhecemos. A propósito de Aquino de Bragança e da transgressão dos limites da historiografia oficial, ortodoxa e triunfalista, o artigo de Depelchin fala-nos de outras histórias que não têm sido contadas. Haiti, esse que outro mundo que também é nosso. Provavelmente mais nosso do que os empréstimos da Revolução Francesa que reivindicamos por imitação e rotina. Esse outro-nosso mundo que tem sido penalizado por ter sido capaz de ousar para além dos limites e das possibilidades de quem se assume como arauto (e vendedor) da liberdade e da democracia. É sobre esses silêncios e silenciamentos que também fala o livro mais recente de Depelchin “Silences in African History: Between the Syndromes of Discovery and Abolition”. Reivindica-se uma ética de verdade.

5-3 [3-6]*

A única coisa que me comove é saber que o meu amigo C. finalmente abriu o espumante que refrescava desde 1994. C., sempre impulsivo, apressou-se a comprar uma bebida a condizer quando Luís Figo estabeleceu o 2-1. À entrada do bar da AAC (abarrotado de vermelho) C. percebeu que tinha que guardar a garrafa para outra ocasião. Finalmente chegou. Sei quanto lhe custaram estes anos. Comove-me o retro-gesto. Esta maldita memória…!

*Para C.

E o toque?

O Elísio continua a série sobre o celular. Debate interessante, a abrir caminhos de investigação. Entre parêntesis uma breve arqueologia das posições, a propósito dos (des)entendimentos em torno do doggystyle: à chegada dos portugueses, pelo menos no sul do país, a “posição missionária” não era padrão. A posição padrão entre nós era um “doggy style” lateral muito bem preservado na expressão changana que diz “levanta a perna” (e não, abra... desculpem-me ter de ser assim tão explícito). Ao que parece (pelos comentários ao Elísio), JPT tem reflectido sobre a colonização do corpo (ou a partir do corpo?). Não me livro de imaginar também uma certa auréola de libertação no meio de tudo, obviamente excluindo à partida os casos de violência. E por falar em celulares, comportamentos e padrões…e o toque, Elísio? Os downloads ampliam as opções (também há os chats, há quem experimente cyber-toques), mas eu fico-me pelo vibrador-silencioso. Agora clássico e conservador, ultrapassado por outras excentricidades. Um amigo psicanalista diagnosticou-me tendências estranhas…

Porque sujam as nuvens, porquê?

Porque sujam as nuvens, porquê? A dor poética de Carlos Gil. Quem lhe conhece saberá que as metáforas não escondem fingimentos. Lembro-me com saudades desta bula-bula, do mar de livros (verdadeiras relíquias), das memórias partilhadas. Grande privilégio, conhecer as magussadas em primeira mão, lê-las nos olhos e no coração que está por lá, estando sempre por cá. As ausências (e sobretudo os desnortes) transformam-me num eterno devedor. Nada compensa, mas ainda lhe vou seguir a sugestão: dar um toque menos cota ao blog. Esta coisa de templates and so on é muito exigente. De qualquer modo, imagino que já não me livre da estampa. Se o sonho se concretizar (espero que sim), lá irei também no grande xitimela…o mítico xitimela do tempo, dos espaços, dos amores e das esperanças de quem o habita, escrevendo-o.

Ecos

Os ecos e os acréscimos de pontos aos contos podem ter destas coisas. Aqui, afirmações nas quais não me revejo. Aliás, em tempos deixei ficar uma referência a propósito do assunto. Comparações, revivalismos e uma certa dose de vingança histórica (?) que não fazem sentido...

Pergunta

A propósito de Ziqo e do Doggystyle, o que significa o moda xi-cavalo sempre presente na marrabenta e que despreocupadamente nos anima os quadris e não só...?

Jimmy Dludlu

Um génio! Já tinha dito. O site ainda nos "comings". Aguardamos.

Stewart Sukuma

Além de Felismina!

Freshlyground

Bayeti!

Irinah

Maningue nice!

Proposta

(Des)nexos

Existirá uma relação inversa entre a qualidade do post e o número de comentários? Às vezes penso que sim. Outras vezes, que não. Uma questão de latitudes de enunciação? Não me parece. Outras geografias, talvez…