Thursday, August 31, 2006

Construções da diferença

As experiências de exclusão são sempre dolorosas, ainda que as estatísticas nos situem placidamente no grupo dos «maus da fita». Armadilhado por uma divisão sexista do trabalho, vi-me completamente afastado das recomendações da médica sobre os cuidados ter com o meu filho. De nada me valeu forçar uma pergunta, as prescrições não mudaram de direcção. Sofri em silêncio. No fim da consulta cumpri o papel que me foi permitido e que talvez fosse o esperado: «agradece e diz boa noite, filho». Finalmente mereci um sorriso convencional. Selei o rótulo, revoltado.

Wednesday, August 30, 2006

(Des)continuidade paradigmática

«Esta merda é uma grande palhaçada, não tem remédio! Do deixa andar passámos para o deixa falar. O que se seguirá?».
PG

Tuesday, August 29, 2006

Sentidos da liberdade II

Matola, Agosto de 2006

Mudar de vida: uma questão de sorte?

Luanda, Agosto de 2006

Desencontros do presente?

Luanda, Agosto de 2006

Friday, August 18, 2006

Nova paragem. Volto a bazar para estes lados. Custa-me (é verdade!). Até breve.

Wednesday, August 16, 2006

Estigma

A ideia do «criminoso nato» sempre me atemorizou, embora haja episódios que me forçam a questionar-me se Lombroso não teria alguma razão. Ontem numa agência de viagens, depois das habituais informações sobre aeroportos e horários de voo, recebi uma recomendação jocosa (e de certo modo severa) da senhora que atendeu: «boa viagem e porta-te bem!». Sorri, em jeito de confissão. Fiquei, no entanto, com a dúvida de saber que característica física me terá denunciado. Melhor, pergunto-me onde estariam fixados os olhos da senhora…

Tuesday, August 15, 2006

Regressos II

Por muito que me esforçasse, nunca saberia discernir que ciclos e que vontades e dilemas se esgotam ao regressar trinta anos depois. Restar-me-ia pressagiar uma folia monumental…

Regressos I

Por esta altura não é certamente novidade que JPT abriu um novo ma-schamba dedicado a Moçambique. Um regresso talvez esperado, mas sem dúvida desejado (falo por mim, claro). Leio aqui um cumprimento que honra bastante, mas que me obriga a uma confissão pública: «um pedido egoísta: isto está a ficar monótono, vê lá se voltas ao maschamba», escrevi ao JPT. Não se trata de uma troca de galhardetes (e se fosse não haveria mal...), apenas o reconhecimento de quem tem sido uma excelente «causa interna»…Bom regresso.