Capulanas no xipamanine
Simbologias que desconheço, mas com uma poesia que me toca. Não me invade a angústia de decifrar as cosmologias em jogo. Perco-me, deslumbrado, no mundo de cores e formas com vida. Pela mão do lojista, entro na intimidade dos tecidos. Aprendo a seguir-lhes os rastos. Insinuam-se. Em cada capulana, descortino sorrisos gratos, danças ensaiadas, amores vingados, desfiles voluptuosos, feitiços cheirados, mas também lágrimas de (des)consolo. Compro várias. Todas precipitam-se a seguir o seu destino. Volto sempre ao Xipamanine...
7 Comments:
Maningue nice! E a casa sempre cheia, em qualquer dia do mês, em qualquer época do ano. A capulana vende-se sempre. Também gosto dessas visitas ao Xipamanine e volto sempre, porque, também as minhas, seguem quase sempre o seu destino, longe de mim...
Não há Xipaminine sem mamanas e não há capulanas sem mamanas. E não há mamana sem uma capulana que lhe prende o filho sobre a anca larga e segura de mãe preta. Ou às costas, quando o trabalho o exige. Essas são as mães que não reclamam! Um abraço ao Xipamanine.
Alô Madalena, «mães que não reclamam» significa o quê?
Xipamanine que saudades...do colorido dos tecidos, a quantidade...como gostava de aí voltar...espera por mim que eu volto cidade linda.
Um abraço, adoro quando coloca fotos para matar saudades.
Maria de Deus
Bird, há lá mãe mais paciente que a mãe preta?!
Esta é só uma maneira de sentir, não é nenhuma polémica. Admiro só, até porque não sou assim, não fui assim, tão cheio de todo o tempo do mundo para os meus filhos. Espero pelos netos, para lhes devolver o tempo que não lhes dei!!! Abraço, Bird!
Eu também volto muitas vezes, nos meus sonhos. Depois fico triste. Porque não voltei mesmo.
Deixo um fraterno abraço de parabéns.Gosto dos escritos... Então este "Xipamanine"... ADOREI!!!
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