Friday, February 24, 2006

Os três porquinhos

Não consigo livrar-me de um certo desconforto sempre que leio «os três porquinhos» (e faço-o vezes sem conta durante a semana). Incomoda-me a metáfora do sopro do lobo que leva a casa de palha pelos ares. Uma conversa amiga fez-me pensar que o tremor de terra que ocorreu em Moçambique podia ser uma boa negação de um certo etnocentrismo…

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Verdade! Se a história dos três porquinhos incluisse um sismo, o porquinho da casa de palha seria o heroi! O problema das histórias infantis vai além do eurocentrismo e passa pela apresentação do bem e do mal como dimensões simplistas e antagónicas, ignorando as suas complexas combinações. Eu não admito que não faça muito sentido contar histórias muito complicadas às crianças, mas, então, não venham com lições de moral!

10:07 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ups! Antes de «admito», existe um «não» que está a mais...

9:40 AM  
Anonymous Anonymous said...

E tem mais: essa explicação da metáfora do sopro não só não nega o etnocentrismo como o substitui por um adultocentrismo.Porque o lobo era mesmo mau,queria comer os porquinhos, e ainda obrigou um a fazer uma casa de tijolos, porque as de palha ele matava só no sopro.Mas teve o destino que merecia! O mesmo não aconteceu com aqueles lobos que fizeram especulação no mercado imobiliário. Brincar é brincar e , como dizes meu amigo, "não me peçam qualquer tipo de racionalidade". Abraço

4:07 PM  
Blogger Nkhululeko said...

Continuemos a brincar, que é bem melhor...

4:46 PM  

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