Capital madgermane
Os madgermane estão divididos, desde que o governo anunciou o pagamento de 48 milhões de dólares. Ainda com outras contas por fazer, o governo amortizou uma parte da dívida transferindo para os madgermane 20% das acções da Sociedade de Crédito de Moçambique (Socremo). Os outros accionistas da Socremo (entre os quais um banco alemão) protestaram contra esta medida, pretensamente porque aos madgermane faltaria competência empresarial, como se não existissem possibilidades de representação de interesses e de protecção do património (ainda que se adivinhassem algumas dificuldades práticas…). Os líderes dos madgermane venderam aquelas participações sociais, supostamente sem mandato para efeito. Não sei até que ponto as pressões políticas e económicas a que os madgermane têm estado sujeitos causaram ruído no movimento. A verdade é que com a liderança contestada (destituída?) e o grupo fragmentado, parece estar comprometida a luta. Esperemos que a crise passe. Se este caso (singular na história de Moçambique) é um ensinamento de resistência e coragem, também pode ser um exemplo de como se podem explorar as fragilidades dos movimentos se, entre mais coisas, estes não tiverem uma estratégia firme de consolidação da democracia interna.
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