À beira do mundo
Esta imagem podia ser de qualquer parte do interior do país, por onde não passam os corredores do desenvolvimento (que seguem certas lógicas, imposições de grandes planos). O país é também feito de outras vidas, a que nos habituámos a chamar «micro». A sorte de milhares de pessoas também depende desta diferença de dimensões e de escalas com que se encara o mundo. Os que são vistos em ponto pequeno enfrentam a fatalidade de adiar permanentemente o futuro. No entanto, é-lhes exigido saber esperar (simplesmente!). Pode ser que aguardem algo, com a mesma incerteza com que anseiam o próximo chapa para levar aqueles produtos aos mercados da cidade. Não sei se esperam algo mais que trilhar os seus próprios caminhos e não morrer à beira do mundo...
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