Silêncios eloquentes
Pela primeira vez enfrento o drama de ter estado noutro lugar e remeter-me ao silêncio, mesmo sabendo que o que se escreve neste blog nenhum eco provoca. Estou avisado das convulsões que resultaram de outras «intromissões». Malditas convenções protocolares que nos autorizam a reivindicar a cidadania apenas para o nosso umbigo. Obrigam-nos a trocar as lágrimas por sorrisos. Não percebem que há mágoas que não se esfumam, que há esperanças que transgridem fronteiras e que os silêncios são espaços de não-vigilância e de sonho.
7 Comments:
Entre o drama da remissão ao silêncio e o sonho sempre incompleto de sentidos de liberdade que nesse silêncio se escondem, este meu amigo André inaugura uma nova forma ficcional de "estar noutro lugar" dentro de um blog (muito bom, diga-se de passagem!). É um autor temporária e voluntariamente amordaçado que guarda as palavras e os sonhos
para revoluções outras. Neste post, André mostra-nos, mais uma vez, que da imaginação ou da realidade desimaginada não se podem ausentar as vontades, inquietações, ou talvez os seus já reconhecidos voluntarismos…
(depois, sou eu que me ando a fazer ao prémio da literatura? Só se fosse o de ensaista “mico” de blogs. Força, amigo, baza!)
para ti
Tenho andado desanimado, mas depois deste comentário percebo que este blog cumpre uma função social importante. Só por isto, vale a pena continuar. Desabafa, querida, descarrega tudo...não te inibas! É também para isso que estão os amigos. Como noutras instâncias, cumpro todas as regras deontológicas... o anonimato está assegurado. Para quando marcamos o próximo comentário? Fica bem. Para ti (também). Bj
2006-1962=44 anos. E ainda estamos aqui.
Pois estamos, Carlos.
Eu sinto por ti um imenso respeito. As palavras que dizes são as necessárias para se perceber que alguém de bem toma conta deste espaço. Continua, por favor, André! Um beijinho
Oh, André, então?... continua, pá!! - abraço, IO.
Olá, claro que continuo. Até já. Bj
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