Século XXI?!
Muito poderia dizer sobre as palavras que se seguem, assim como sobre os factos que as motivam. Para já, fico-me pela dolorosa constatação de que nada aprendemos com a história.
“Dizia, o malogrado Jeremias Nguenha, que o boer é diabo. Não só concordo com a afirmação, como também acrescento que boer é um animal semelhante ao ser humano, e que as diferenças entre os dois seres está nas faculdades mentais. Enquanto o ser humano age sempre como humano, o boer age em função das suas oscilações e desequilíbrios mentais. Em menos de uma hora pode agir como um macaco, camaleão, galinha, porco, entre outras, dependendo dos seus intervalos psicológicos […] Considero, sem exagero, o bóer um animal incapaz de conviver com pessoas culturalmente desenvolvidas. Conviver com um boer seria rodear-se de bichos perigosos. Admito domesticar uma cobra venenosa do que partilhar espaço com um boer; admito também partilhar o mesmo prato com qualquer animal do mundo do que partilhar a mesma casa com um boer”
“Dizia, o malogrado Jeremias Nguenha, que o boer é diabo. Não só concordo com a afirmação, como também acrescento que boer é um animal semelhante ao ser humano, e que as diferenças entre os dois seres está nas faculdades mentais. Enquanto o ser humano age sempre como humano, o boer age em função das suas oscilações e desequilíbrios mentais. Em menos de uma hora pode agir como um macaco, camaleão, galinha, porco, entre outras, dependendo dos seus intervalos psicológicos […] Considero, sem exagero, o bóer um animal incapaz de conviver com pessoas culturalmente desenvolvidas. Conviver com um boer seria rodear-se de bichos perigosos. Admito domesticar uma cobra venenosa do que partilhar espaço com um boer; admito também partilhar o mesmo prato com qualquer animal do mundo do que partilhar a mesma casa com um boer”
(Lázaro Mabunda, O País, 21.03.08, pág. 8)
Frases que me obrigaram a reencontrar pele negra, máscaras brancas de Fanon: “não sou escravo da escravatura que desumanizou o meu país”.
Frases que me obrigaram a reencontrar pele negra, máscaras brancas de Fanon: “não sou escravo da escravatura que desumanizou o meu país”.
5 Comments:
Será que o Doutor não tem nada a ensinar ao jornalista que escreveu o texto em O País? Por exemplo que fazer generalizações sobre uma determinada raça (apesar de boer ser uma palavra julgo que africaans, que significa agricultor e que racistamente se passou a chamar a qualquer sul-africano branco, é racismo igual ao mostrado pelos "boers" que teriam despedido um hospede por ser negro?
Olá Torcato,
Ensinar, nunca. Há quem faça isso excelentemente.
Por favor, "doutor" não. Simplesmente, André.
Muito obrigado pela visita e por deixar o seu comentário.
Parece que temos estado a semear ódios...
Um abraço cheio de saudade da minha terra!
O que acabei de ler faz-me pensar: se cada um de nós pudesse semear a paz?! Concordo contigo, André: nada aprendemos com a História!
André - obgada, chame-me Maria - eu estava ainda a sofrer da irritação, e principalmente desgosto, de ver um jornalista escrevendo uma crónica de reiva insultuosa e em última análise extremamente racista. E isto como reacção a um incidente que ele não diz se testemunhou ou não, se não quem lho contou, onde aconteceu, quando, etc - tudo aquilo que na prática jornalística é o be-a-bá. Esses epi~´odios são de denunciar com todos os dados possíveis, às autoridades e, porque não, nos jornais. Mas assim, entreistece-me a mim, entristece por exemplo Nelson Mandela - desculpem o argumento de autoridade - e até o Jacob Zuma que recentemente declarou pretender convidar os farmeiros - estes sim, boere - para se juntar ao ANC. Ironias da história e da política.
andré, ainda bem que chamaste a nossa atencao para este texto. quando o li nao pude acreditar que estivesse a ser escrito nos dias de hoje em mocambique. triste.
Post a Comment
<< Home